"Cansaço Materno: A Sobrecarga Invisível das Mães"

O cansaço materno é uma condição física e mental comum entre mães, que envolve uma sensação de exaustão intensa e persistente. Resulta das demandas físicas e emocionais associadas à maternidade.

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Olá, mamães! Espero que todas estejam bem!

Hoje vamos conversar um pouco sobre um assunto que, embora seja de extrema importância, para muitos ainda é considerado "frescura" ou "pouco relevante": o cansaço materno.

Sim, nós mães muitas vezes nos sentimos cansadas e exaustas. Certa vez, li a seguinte frase: "Uma mãe cansada não está cansada de ser mãe". E é sobre isso! É sobre sermos humanas e não termos superpoderes, é entender que a maternidade não nos torna heroínas. Pelo contrário, precisamos SIM de apoio, ajuda, descanso, sono, momentos de lazer como assistir TV, ficar sem fazer nada, cuidar de nós mesmas. Como já conversamos no post anterior, o autocuidado é necessário e traz muitos benefícios para a mãe e o bebê. Ter uma rede de apoio, um parceiro que compartilhe os cuidados e responsabilidades do filho, entre muitas outras necessidades básicas, é fundamental para conseguirmos levar a jornada materna com mais leveza.

A maternidade é uma fase linda e surpreendente, me arrisco a dizer que é uma das maiores realizações da mulher para aquelas que assim a desejam. Porém, todo esse encanto não nos exime de todas as outras responsabilidades anteriores à maternidade. Pelo contrário, a chegada de um filho, seja enquanto bebê ou à medida que cresce, aumenta de forma significativa nossas demandas diárias. Além dos cuidados com a casa, que não são poucos e muitas vezes repetitivos em apenas um único dia, temos que dar continuidade à vida profissional, uma vez que precisamos nos manter ativas garantindo nossa independência financeira, cuidar da nossa saúde física e mental, seja praticando uma atividade física, fazendo uma caminhada ou lendo um livro que gostamos.

São muitas tarefas para conciliarmos com a desafiadora e encantadora tarefa de ser mãe, muitas vezes sozinhas. Mesmo que o parceiro ajude, a maior parte da demanda sempre fica a cargo das mães. Não é uma rotina fácil, e é super normal e aceitável que no final do dia estejamos extremamente cansadas, muitas vezes bastante estressadas.

No entanto, esse cansaço decorrente da sobrecarga não é validado pelas pessoas que nos rodeiam, talvez por ser socialmente aceito e normal que essas tarefas sejam realizadas de forma prioritária pelas mães, o que representa um equívoco. Como disse em outro post, "não nascemos mãe, nos tornamos mãe", ou seja, não sabemos de tudo, em muitas situações aprendemos por tentativas e erros, e não fazemos isso porque somos "incríveis", mas sim porque não temos outra opção senão aprender.

A questão que aqui se impõe não diz respeito a quem vai realizar determinadas tarefas. Como mãe, eu entendo e tenho muito prazer em poder fazer tudo o que posso pelo meu filho: passar mais tempo com ele, brincar, conversar, interagir, assistir um desenho ou filme, ficar preguiçosamente no sofá, levá-lo para a escola, participar da sua vida escolar, oferecer a ele diferentes possibilidades de aprendizado e desenvolvimento, vivenciar junto com ele suas primeiras e mais simples conquistas e descobertas, vê-lo crescer saudável. Todos esses e muitos outros privilégios que só a maternidade nos permite vivenciar valem muito a pena, cada esforço que empregamos em prol de nossos filhos.

Mas, meu descontentamento, e acredito que de boa parte das mães, é em relação à falta de apoio, de parceria, de companheirismo no que diz respeito aos cuidados com o filho. Permanecemos com o "modo mãe" ativado da hora que acordamos até a hora que vamos dormir, sem ter tempo para tirar um cochilo quando estamos muito cansadas, com dor de cabeça, indispostas depois de uma noite mal dormida. Por exemplo, fazer algo que gostamos ou precisamos sem agendamento prévio, ou de forma tranquila, sem termos que voltar correndo para casa, e principalmente a compreensão de que a rotina materna é cansativa, que temos que nos dividir em mil pedacinhos para dar conta de quase tudo. Por mais que nos esforcemos, não conseguimos dar conta de tudo. É ter um olhar de empatia para a mãe, compreendendo suas necessidades e demonstrando isso em atitudes simples, mas concretas, ao invés de ficar fazendo promessas vazias do tipo "Vou tentar me organizar melhor e ajudar mais". Até porque a vida segue, as obrigações não pausam até conseguirmos uma organização ideal para a vida. Como mães, não temos esse privilégio. Temos que continuar seguindo ora cansadas, ora estressadas, temos que nos equilibrar para conseguir dar conta de tudo da melhor maneira possível. E no final do dia, temos a injusta percepção de que não fizemos o nosso melhor, ao deitarmos para dormir, e refletirmos sobre o dia ainda nos cobramos sobre o que poderíamos ter feito melhor, mesmo dando o nosso melhor em cada segundo do dia.

E você, mamãe, seus sentimentos e necessidades são compreendidos? Como é sua rotina? Quais são as suas principais inquietações? Conte-nos um pouco, ficaremos felizes em receber e ler seu relato.

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Até mais.

A IMAGEM MOSTRA UMA MULHER COM A MÃO NA CABEÇA DEMONSTRANDO CANSAÇO E ATRAS DELA UMA CRIANÇA
A IMAGEM MOSTRA UMA MULHER COM A MÃO NA CABEÇA DEMONSTRANDO CANSAÇO E ATRAS DELA UMA CRIANÇA

Cansaço Materno: A Sobrecarga Invisível das Mães"