Maternidade e Carreira: Desafios e Conquistas
Desafios e conquistas únicas enfrentadas por mães profissionais, na busca por equilíbrio, na tentativa de conciliar a "Maternidade e Carreira Profissional".
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Olá, mamães!
Hoje vamos começar nosso bate-papo com algumas questões que se tornam parte de nossas vidas após nos tornarmos mães! São perguntas como: "Mas você vai voltar a trabalhar enquanto seu filho ainda é tão pequeno? Com quem vai deixá-lo para trabalhar? Você terá coragem de deixá-lo na creche, tão pequenininho? E há pessoas que vão além... E quanto à sua independência financeira? Não é bom depender do marido, sabia! Você vai largar seu emprego para ficar cuidando de casa e do filho? Pense bem!" São questões comuns, não é mesmo?
É completamente normal refletirmos sobre esses assuntos ou despertarmos a curiosidade daqueles que nos cercam. No entanto, é crucial expressar-se com cuidado para não parecer invasivo. Afinal, a maternidade é uma das escolhas mais transformadoras de nossas vidas em todos os aspectos. Mudamos nossa maneira de ver e sentir o mundo, a forma como nos relacionamos e, principalmente, nossas prioridades. Uma vez que o filho passa a estar sempre em primeiro lugar, essa prioridade se torna quase uma regra, ao meu ver. Não é possível pensar ou agir de outra forma.
Dentre essas escolhas ligadas à maternidade, está a decisão de manter ou abandonar a carreira profissional, ambas igualmente difíceis. Encontrar o equilíbrio entre elas pode ser uma tarefa desafiadora, pois em algum momento teremos que abrir mão de algo, seja mais tempo com o filho ou menos independência financeira. Por isso, é essencial refletir e encontrar o melhor caminho.
Eu mesma trabalhava em duas escolas, mas no início da minha gestação precisei me afastar devido a complicações. Após a liberação médica e com muita cautela, retornei ao trabalho e consegui manter ambos os empregos até o nascimento do meu filho. Após a licença maternidade, com o contexto da pandemia da COVID-19, as escolas fecharam e o ensino remoto me permitiu adiar essa decisão, proporcionando mais tempo com meu filho.
No entanto, após um longo e difícil período vivenciado por todos nós, retornei ao trabalho presencial. Optei por deixar uma das escolas e trabalhar meio período, para manter-me ativa e passar mais tempo com meu filho. Embora à primeira vista, pareça ter sido uma decisão fácil, não foi, especialmente por se tratar de cargos públicos nos quais investi muito para alcançá-los. Não me arrependo. Acompanhar de perto as conquistas e descobertas do meu filho tornou tudo valioso.
Encontrar equilíbrio entre maternidade e carreira profissional não é fácil. Trabalho com crianças pequenas e muitas vezes é difícil separar o estresse do trabalho. Tenho refletido sobre minha conduta como mãe, praticando o autocontrole para estabelecer uma relação mais saudável com meu filho. É um aprendizado diário, mas os resultados positivos me deixam muito feliz.
Entretanto, sabemos que nem todas as mulheres têm a mesma experiência. Muitas optam por pausar ou deixar de lado a carreira para dedicar-se exclusivamente aos filhos, e está tudo bem. Não há certo ou errado, são escolhas pessoais.
Além disso, enfrentamos uma sociedade que muitas vezes vê a maternidade como algo que pode prejudicar o desempenho profissional da mulher. O nascimento de um filho pode sobrecarregar a mulher, o que pode ou não resultar em um baixo desempenho no trabalho. A forma como as pessoas ao redor veem a maternidade pode influenciar bastante o ambiente de trabalho, tornando-o acolhedor ou opressivo.
Há diversas realidades, dificuldades e experiências vivenciadas por mulheres em relação ao mercado de trabalho após a maternidade. Seja qual for a decisão, não é simples e requer muita dedicação e abnegação.
Por essas razões, a maternidade é uma das escolhas mais transformadoras de nossas vidas. Nada permanece igual após nos tornarmos mães, e isso é maravilhoso. Esta nova realidade nos motiva a buscar nossa melhor versão todos os dias, a refletir e repensar nossas atitudes, prioridades e encontrar o melhor caminho para trilhar.
Afinal, agora não estamos mais sozinhas. Temos uma ou mais companhias pelas quais somos completamente apaixonadas. Mesmo que tirem nosso sossego e nos deixem enlouquecidas, não conseguimos imaginar a vida sem eles. Fazemos o nosso melhor a cada segundo do dia, buscando a melhor alternativa, mesmo que isso exija um breve ou definitivo recuo em nossa realização profissional. E, acredite, está tudo bem. Podemos descobrir uma sensação de realização mais profunda ao seguir os impulsos do coração e priorizar o que verdadeiramente valorizamos.
E você, mamãe, como consegue conciliar maternidade e carreira profissional? Quais mudanças ocorreram em sua vida profissional após a maternidade? Conte-nos um pouco de suas experiências. Ficaremos felizes em ouvi-la.
A Revista Exame publicou um artigo com a seguinte indagação: 'A empresa pode deixar de contratar um profissional que tem filho?' No artigo, a advogada Adriana Pinto faz uma análise do ponto de vista jurídico a partir de uma fala discriminatória, preconceituosa e desrespeitosa de um entrevistador durante um processo de contratação. Baseando sua fala nas seguintes leis: Lei 9.029/95, LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e na Lei 14.457/22, que institui o Programa Emprega Mais Mulheres. A advogada reforça a necessidade dos "Processos Seletivos serem revistos, eliminando qualquer prática discriminatória e contrária à lei".
Para ler o artigo na íntegra, clique no link:"https://exame.com/carreira/a-empresa-pode-deixar-de-contratar-profissional-que-tem-filhos/